sábado, 16 de agosto de 2008

Museu do Mar

Dia desses eu fiz uma viagem até o Paraná e Santa Catarina. Quando a gente vai até estados como estes volta se perguntando como é possível existir "Brasis" tão diferentes. Como são cordiais, como são organizados e educados! Dá até vergonha na gente!!!
Bom, mas eu escrevo pra dizer que lá em Santa Catarina existe uma ilha pequenininha chamada São Francisco do Sul. Pequena mesmo, com apenas 30.000 habitantes. Pequena, mas muito importante! Apesar de ser um porto fundamental, a ilha de São Francisco do Sul é rica em belezas naturais, com praias e paisagens de encher os olhos. Além da cidade histórica, possui 12 praias, algumas banhadas pelas águas da Baía de Babitonga, que possui no seu interior um arquipélago formado por 24 pequenas ilhas.

Com seus 30 mil habitantes, possui um dos grandes acervos culturais do estado. Fundada em 1504, foi a primeira povoação de Santa Catarina e a terceira do Brasil. Foi colonizada no século XVIII pelos açorianos e ainda hoje mantém viva a cultura e as tradições de seus colonizadores. 150 prédios no estilo colonial foram tombados pelo Patrimônio Histórico. Está localizada no litoral norte de Santa Catarina, a apenas 40 km de Joinville. Possui o melhor porto natural do sul do país e tem uma movimentação intensa de conteiners. O aço é o proncipal produto manipulado.

Lá também tem um museu. É o Museu Nacional do Mar. Quem assistiu nosso último programa teve uma vaga idéia da excelente qualidade deste museu na beira da Bahia da Babitonga, e a competência com que ele vem sendo adminstrado. Quando eu cheguei haviam duas turmas de alunos: uma de pequeninos, do ensino fundamental. Logo na chegada foram recebidos por uma encenação onde a atriz Rosane Bonaparte os levou até os mais primitivos tempos, onde o homem nem sabia que poderia navegar. Passa pela obervação da flutuação de pedaços de madeira e de como, a partir deste ponto, tudo aconteceu e o mundo ficou pequeno.

É assim. É de criança que se aprende, que começa a tomar gosto pelas coisas. Se o cara só ouve arrocha e pagode quando criança, e todos em volta tomando cerveja, e rindo, é assim que ele vai crescer. E não adianta vir com crítica pra cima de mim, defendendo arrocha e seja lá o quê, como "entretenimento" que eu não vou nem responder.

O museu tem ambientes criados para reproduzir situações, são os dioramas, e lá se tem uma idéia de como os barcos são utilizados. É bem legal. Está lá também o primeiro barco de Amyr Klink, aquele com que ele atravessou o Atlantico remando lembra? Mas o que mais me chamou a atenção no Museu Nacional do Mar foi a simplicidade. Quando se pensou em fazer uma encenação, chamou-se um atriz, que esteve no museu várias vezes, pesquisando no prórpio acervo, e montou um esquete rápido, inteligente, barato e muito competente, que realmente funciona. Não teve aquela discussão na Secretaria da Cultura pra decidir quantos artistas fariam o negócio e aí alguém daria a idéia genial de montar um cenário e outro teria a genial idéia de iluminar e colocar som e daí...bom, e daí o negócio morreria porque, é claro, não tem verba.

O Museu Nacional do mar é ótimo e funciona, muito bem por sinal.Vamos aprender com essa experiência e colocar nossas crianças em contato com a verdadeira cultura brasileira. Por hoje é isso.

Té!

Denis Peres

Um comentário:

Unknown disse...

Poxa, essas suas viagens fazem aprender e ver como nosso Brasil é rico e simples em todo seu contexto, seria uma boa pedida conhecer o museu do Mar, só vendo para entender todo o seu significado.
Abraços!!!
Poliana

Cruzei o Atlântico!

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