segunda-feira, 26 de novembro de 2007

A vida depois dos 60

Longe eu estou de chegar lá, e por mais que noticie e os veja agora tão de perto, não podia imaginar que pudesse velejar a bordo de um Open 60. Ao chegar no Terminal Náutico no último domingo (25) meu objetivo era fazer algumas imagens do evento de pré-largada da Transat B to B na lancha da imprensa, que tanto tem ido e vindo pela Baía de Todos os Santos desde o início da temporada internacional de regatas em Salvador. Mas...nos imprevistos e acertos do tempo, o Luiz Serpa - organizador da prova - cogitou a possibilidade de irmos velejando em alguns dos três veleiros que participaram do passeio: o o Cheminées Poujoulat, Brit Air e o Foncia; vencedor na classe nesta edição da Transat Jacques Vabre.

Confusões à parte na "dança" dos idiomas e algum tempo depois os grupos foram se dividindo, conforme orientação do Luiz entre os Open 60. Eu terminei ficando no Cheminées Poujoulat, que alémde não contar com o skipper Bernard Stamm a bordo fez o trecho entre o Terminal Náutico e o Yacht Clube da Bahia no motor! Isso mesmo: motorando! Por isso, a minha euforia inicial foi minguando, minguando até que chegássemos ao clube e as resenhas se formassem. Kim Vidal, velejador de Optimist e atual campeão baiano, com apenas 11 anos foi velejando junto com a turma do Bri t Air. Conclusão: enlouqueceu! (rsss). Tammy, mãe de Kim e também apaixonada por vela, mas que nunca havi velejado de Oceano, também! E eu, com poucas histórias pra contar fui me deliciando com as fotos e comentários dos felizardos; até que o Luiz veio me dizer, que daria pra eu voltar no Foncia.

Algumas horas se passaram e a expectativa geral era que os skippers retornassem do almoço oferecido no Yacht Clube da Bahia para ver quem realmente poderia embarcar e voltar velejando de volta ao Terminal. E dessa vez foi o contrário: Brit Air voltou motorando, Cheminées Poujoulat finalmente levantou as velas e o Foncia...bom, o Foncia era um caso à parte, pois o comandante Michel Desjoyaux fez questão levar a bordo as crianças da Escola de Optimist do Yacht Clube junto! E aí já viu! Foi aquela algaszarra da turminha, que junto com o professor e velejador Ricardo Câmara deram um tom a mais na velejada. Gritos, sorrisos, perguntas, fotos, adrenalina e uma alegria onde menino pequeno e gente grande era uma coisa só, inclusive eu, que consegui embarcar e levar um susto logo no início, quando o barco de uma hora pra outro, simplesmente VOOU na Baía de Todos os Santos. Quilha, leme, bulbo, tudo à mostra enquanto o barco adernava quase o tempo inteiro!

Confesso que fiquei impressionada com a velocidade e a habilidade dos skippers. Enquanto todo mundo se segurava para não ir junto com a ponta da retranca na água, eles ficavam em pé, tranquilos, como se nada de anormal tivesse acontecendo. Diante de tanta coisa em tão pouco tempo, foi difícil filmar, fotografar e velejar, mas a experiência, foi, sem dúvida, uma das mais felizes da minha vida. Pena mesmo foi os poucos barcos que acompanharam essa bela festa da vela bem aqui na nossa baía. À exceção, claro de Yam Vidal, que a bordo do seu hobie cat fez jus ao apelido que ganhou da imprensa nessa temporada: o "xereta" das regatas. Acho que além de xereta o que ele é mesmo é um apaixonado. E apaixonado que é apaixonado, vai pra água!

Pena também o acesso restrito ao Terminal, onde barcos que fazem a história da vela mundial, estão ancorados. Pena essa sensação de que emoções como essas, vividas neste domingo, são para poucos. Pena um certo ar de desperdício de tanta coisa interessante acontecendo sem um público à altura para vibrar junto. É como se ao final de um Grande Prêmio houvesse apenas alguns torcedores na arquibancada e os pilotos ficasse à espera de perguntas, de barcos ou apenas do calor humano que o país e, principalmente a nossa terra se orgulha de ter. Só pra se ter uma idéia, na largada dessas regatas na Europa, por exemplo, milhares de pessoas acompanham de perto os eventos. Elas têm acesso às marinas, podem conhecer skippers e os barcos de perto, porque só assim podem entender ou apenas curtir o esporte . O único evento onde algo parecido aconteceu foi durante a passagem do Brasil 1 ao Rio de Janeiro durante a Volvo Ocean Race, em 2006.

Uma pena. Mas enquanto coisas como essas ainda acontecem, tem gente trabalhando para fazer a vela acontecer e poder, quem sabe, tornar Salvador não só uma cidade que recebe grandes eventos internacionais, mas que também participa e aproveita a baía mais linda do mundo!

Até lá, seguimos a bordo. E quer saber? Lamento quem perdeu ou vai continnuar perdendo, até porque a vida - depois dos 60 - agora vale muito mais a pena! Eu, pelo menos, ADOREI!

Flávia

Crédito das fotos: Flávia Figueirêdo e Tammy Vidal

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Boom!

O convite era inusitado, mas, vamos combinar: também tentador! Gravar a simulação de uma explosão com vazamento de óleo no Porto de Aratu, envolvendo a Base Naval , Capitania dos Portos, Braskem, Dow química , Ford, Moinho Aratu e todas as empresas no entorno do Porto.

E lá fomos nós! Kilômetros pela BR, lancha até o barco, barco até o meio da Baía, onde uma grande equipe já começava os trabalhos de simulação. Tudo como manda o figurino, com aviso pelo rádio da explosão, chamado da equipe, cronometragem do tempo, acionamento da Capitania e até um veleiro de esporte e recreio que, mesmo sem estar oficialmente no script, apareceu no meio da operação para dar um tempero a mais de realidade.

Foram cerca de duas a três horas, envolvendo todo o processo de ação até a abortagem da operação e a reunião de todos os envolvidos, inclusive o Bahia Náutica, para avaliar tudo aquilo que tinha acontecido. E aí surgem as perguntas: " E se tivesse chovendo?" " E se tudo isso ocorresse num domingo ou num carnaval, quando as equipes são reduzidas?" "E se?" "E se?". Enfim, os "ses" são muitos, mas a precaução em encontrar respostas para tantas variáveis são discutidas e visualizadas para serem postas em prática o quanto antes. A simulação que ocorreu, nesse último dia 21, por exemplo, foi na vazante da maré e com vento contra o tempo inteiro; uma das condições mais adversas que se pode ter na contenção de incêndio e vazamento.

Apesar de alguns pontos a serem corrigidos, a avaliação foi bastante positiva. A atuação da Hidroclean, empresa responsável pela segurança e preservação do meio ambiente nesse caso, foi excelente. Ponto pra eles e pro Márcio Maciel, coordenador da operação, e que mais uma vez, nos sugeriu uma interessante matéria. Uma questão levantada por Denis foi, inclusive, a divulgação de ações como essas para a imprensa como um todo. Muitos veículos de comunicação e a própria comunidade náutica muitas vezes ficam alheios a procedimentos fundamentais realizados dentro de bases com acesso restrito, como no caso de Aratu. O resultado é uma brecha aberta à geração de conflitos de informação quando o "bicho pega", no caso de um acidente real.

As imagens de tudo que aconteceu você confere nos próximos programas. Até lá, consegui bater apenas algumas fotos, devido ao tempo e à restrição do uso de equipamentos fotográficos. Mas dá pra ter uma idéia, né?!

Flávia

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Rolou a festa!

Rapaz que festa!

Tava todo mundo lá! Meus amigos apareceram em massa pra levar um abraço pra mim e pra toda equipe do Bahia Náutica e Náutica Brasil. Até o Rato veio do Rio, o Gustavo Pacheco, que é o único brasileiro que teve competência e técnica pra terminar uma Regata Mini Transat. Um dos maiores nomes da vela do Brasil esteve lá pra me deixar mais feliz.

E o Belov!Três voltas ao mundo!!! E em solitário! Sabe que eu já ouvi de uns velejadores de varanda, (aqueles que velejam o mundo todo da varanda de seus clubes) dizerem que o Aleixo não sabe velejar!!!!!

Eles certamente sabem! O Aleixo que é um cidadão do mundo, que circunavegou o planeta três vezes sozinho apareceu lá no Gengibre pra me dar um abraço!

Foi muito bom! Não dá pra citar nomes porque mais de duzentas pessoas eu vou acabar esquecendo mesmo de alguém, então vou simplificar: obrigado a TODOS!

Valeu por tudo! Pelo apoio, pelos abraços, pelo carinho, e sobretudo pela confiança de nossos patrocinadores que entendem a seriedade de nosso trabalho e estão conosco incondicionalmente.

E vamos em frente!

Um Abração!
Denis Peres

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Bahia Náutica - 6 anos pelos mares da Bahia e do Brasil!

Mais de 300 edições, de 800 pautas, quase mil entrevistados, mais de 120 horas no ar e muita, muita aventura e informação ao longo de 6 anos a bordo! Em meio a tormentas e marolas, motivos não faltam para comemorar! Por isso o programa recebe imprensa, amigos e convidados numa grande festa no próximo dia 6 de novembro no restaurante Gengibre, às 20h, na Bahia Marina, em Salvador.

O evento promete atrair não só os grandes empresários do setor, como também parceiros e amigos numa confraternização que contará com uma enorme estrutura para receber os convidados. Na ocasião, um dos mais respeitados engenheiros navais do país, Jorge Nasseh, também estará presente junto com o Estaleiro baiano B3, autografando o seu mais recente livro: “Barcos – Métodos Avançados de Construção em Composites”.

Com apresentação, direção e edição de Denis Peres o programa vem atraindo cada vez mais parceiros e a audiência do público em diferentes cantos do mundo. Não é raro entrar num barco em Santa Catarina, Recife, Paraíba, Fernando de Noronha e ver, ali, um DVD com imagens nossas sendo passado ou receber um e-mail de outro país, de um velejador que solitário viu no programa uma oportunidade de divulgar o seu feito. Cases e mais cases. O que não falta são histórias ao longo de todo esse tempo em que, velejadores, pilotos, mergulhadores, empresários, políticos, pescadores e muitas vezes, “simples mortais”, desafiaram o lugar-comum para escreverem também um capítulo em nossa história; onde você também passa a ser o nosso convidado.


Pela cidade, diversos outdoors estão espalhados em uma edição pra lá de comemorativa, pelas avenidas Lucaia, Garibaldi e Vale do Canela. Veja abaixo alguns clicks e, mais do que nunca, bem-vindo a bordo!

Naufrágios, arqueologia, cultura. Tudo no fundo da Baía de Todos os Santos

Durante três dias - 24, 25 e 26 de outubro - Itaparica foi o palco de um grande evento para os amantes do mar, da história e sobretudo da cultura e do potencial da Baía de Todos os Santos: o Simpósio Internacional - Arqueologia Marítima nas Américas: ocupações litorâneas, barcos e navios, portos e áreas portuárias".

O evento, promovido pela prefeitura de Itaparica em conjunto com a Secretaria de Turismo do município Universidade federal da Bahia (UFBA) e Unesco, trouxe para a ilha representantes, estudiosos e especialistas de diversas partes do país e do mundo ligados ao tema, como os arqueólogo paulista Gilson Rambelli e a mexicana Pilar Luna Erreguerena.

O objetivo era realizar o estudo sistemático, a preservação e a divulgação do patrimônio cultural subaquático correspondente aos sítios arqueológicos de naufrágios, de áreas portuárias, santuários submersos e os de ocupações litorâneas pré-coloniais, coloniais e modernos na Baia de Todos os Santos. O reitor da UFBA, Naomar Almeida, o prefeito de Itaparica, Claudio Neves, o deputado Sérgio Barradas e demais representantes, assinaram acordo onde firma-se a intenção e a parceria para criar dentro da Baía de Todos os Santos a primeira "universidade aberta" aos estudos subaquáticos, garantindo, assim, um maior controle e preservação dos sítios arqueológicos do Estado. As imagens você confere nos próximos programas. Enquanto isso, confira abaixo algumas fotos e registros de uma tarde maravilhosa em Itaparica.

Cruzei o Atlântico!

Destaques
Da Espanha ao Brasil velejando. Vou te contar como foi. Se liga no Blog, que a partir de hoje volta a ser atualizado
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TV Denis Peres.