A bateria terá autonomia para 24 horas. ''Para prevenção de qualquer pane no sistema de alimentação de luz solar, há um depósito com álcool para o motor sobressalente'', diz o empresário Fernando Antônio Afonso Garcia, responsável pelo projeto. O barco, adaptado especialmente para a região amazônica, tem 6 metros de comprimento, 2,8 metros de largura e alcança até 25 quilômetros por hora. Um protótipo foi lançado em março. Fabricado com cascos de alumínio, ele pesa 250 quilos e foi projetado para transportar quatro passageiros. Sob o convés, uma tela de aço inoxidável com buracos redondos deixam o passageiro em contato mais próximo com o rio. Os modelos que serão produzidos até o final do ano transportarão oito passageiros, suportando peso de até 500 quilos. Os 22 barcos encomendados até agora são todos para hotéis de selva de Manaus e arredores.
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Em novembro, a versão mais moderna e comercializável do protótipo vai fazer uma viagem de mil quilômetros pelo Rio Amazonas, de Santa Isabel do Rio Negro (a cerca de 840 quilômetros de Manaus) até a Ilha de Parintins. ''O recorde de um barco solar australiano é uma viagem de 120 quilômetros'', afirma Garcia. Será uma semana de viagem, com paradas à noite para dormir em comunidades às margens do rio. O preço do barco ainda não foi divulgado. ''Não será mais barato do que um similar a diesel, mas a economia é gritante. Sol é de graça, enquanto um litro de diesel hoje custa em média R$ 2,15. Para navegar oito horas, o que dura a bateria de um barco, o dono já economizaria cerca de R$ 500''. Quando lançou o protótipo, várias empresas fizeram a proposta para produzir o barco, segundo o empresário. Ganhou uma companhia amazonense. Os motores, porém, estão sendo fabricados por uma empresa paranaense. Já as placas solares, a alma do projeto, serão produzidas pela empresa do próprio Garcia, que fabrica estações para tratamento de esgoto.
A notícia foi publicada no Estadão por Liège Albuquerque.
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