Há quem me diga que depois de viajar pra Fernando de Noronha eu não precisava ir pra canto nenhum do mundo. Pelo menos este ano. Balela! No último feriado (12/10) embarcamos para Boipeba. Depois da indecisão de fazer a viagem e depois, de como a faríamos - se de catamarã até Morro ou de ferry até Bom Despacho, finalmente batemos o martelo: acordaríamos cedinho para pegar o primeiro ferryboat em Salvador (5 da manhã) e ao desembarcar em Bom Despacho, já na Ilha de Itaparica, pegaríamos um ônibus até Valença. Objetivo? Chegar em Boipeba.
A vantagem de se fazer uma viagem por terra e mar é poder fazer vários tipos de turismo ao mesmo tempo. A começar por acordar cedo. Sair da cidade "de fininho", com todo mundo dormindo. Depois a gente conhece ou reconhece as estradas, os atalhos, as pessoas, e tudo que cerca os lugares por onde estamos - só de passagem. No ferry, por eficiência ou sorte, não pegamos fila nem tumulto e o mesmo saiu na hora prevista. (Tanto na ida como na volta). Na estrada, idem. Nascer do sol, cheiro de mato, corpo sem pressa... Em Valença é que fiquei impressionada com a "paisagem" da cidade e as condições do cais de embarque e desembarque. Sujeira, desinformação, gente despreparada e embarcações ainda mais para conduzir passageiros até Morro de São Paulo, principalmente. Para Boipeba, só havia dois horários durante todo o dia: às 12h e 14h.
Para quem queria curtir o feriado apesar de qualquer coisa, nada disso serviu para nos desmotivar. Conversamos com alguns barqueiros e fizemos amizades com pessoas, que, sem sabermos, ficariam na mesma pousada que a gente: a Boipeba Eco Lodge. E pra lá fomos nós! Depois de duas horas de espera no cais e mais uma navegando em lancha rápida por dentro dos manguezais, desembarcamos no paraíso que estávamos esperando. Revimos e passeamos pela ilha, curtimos o passeio de barco pelas piscinas naturais em Moreré e com um verdadeiro banho de lua, rumamos à noite para provar as famosas ostras em Canavieras. A especialidade gratinada surpreendeu até quem não gostava...rssss. Para quem for conhecer os bares das ostras, cuidado apenas com o desnível das plataformas flutuantes nas barracas! Um de nossos mais recentes amigos, terminou caindo e ficando "entalado" entre um deck e outro!
Bom, não vou me alongar. Ponto para as ostras, para a ilha e sobretudo para todo o pessoal da Boipeba Eco Lodge, que nos trataram como reis (rainhas!) durante a nossa estadia. Simpatia, excelente serviço, excelente estrutura e conforto e o melhor de tudo: a busca constante em se aprimorarem. Uma pena que para o Reveillon já esteja lotada! Mas quem quiser uma boa dica no verão, aí está uma! Aliás, duas: viaje. Viaje sempre que puder. De preferência onde navegar seja mais do que preciso. Sempre valerá a pena!
Dêem uma olhada nas fotos aí embaixo e digam se não...
Flávia Figueirêdo
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