segunda-feira, 30 de março de 2009

A "brejeirice" do Lago Paranoá

Apesar de não ter praias, Brasília é uma das cidades com maior movimentação náutica no país. As atividades e campeonatos de vela não param, além de ser o centro de grandes revelações no esporte. Semana passada uma notícia, no mínimo preocupante, foi destaque em muitos jornais do País. Isso porque o Distrito Federal tem oito lagos e lagoas – metade esculpidos pela natureza e Justificaroutros quatro formados com a intervenção humana. Em comum, sofrem todos intenso processo de assoreamento (carreamento de lixo para o interior dos espelhos d’água e consequente diminuição do volume).

No Lago Paranoá, um dos principais cartões-postais da cidade, o problema é mais visível. No Lago Sul, onde barcos de todos os tamanhos costumavam passear, há mais de um ano a navegação tornou-se impraticável. Bancos de areia diminuíram a profundidade do local de 2,3 metros para menos de meio metro e algas tomaram conta da área. “O lago virou um brejo”, afirmam frequentadores do local. Há alguns meses, diversos moradores espalham faixas e cartazes de alerta ao problema. “Senhor governador, o Lago Paranoá está morrendo!”, diz uma das inscrições no viaduto da Ponte das Garças. Afetado diretamente pela degradação do lago, o advogado Adriano Freire, de 28 anos, há mais de um ano mantém estacionada a lancha modelo Logic 27-S. Morador de uma mansão cujo jardim se estende até as margens do espelho d’água, ele teve o píer privativo invadido por algas e muito entulho. “Não dá mais para sair com a embarcação por aqui”, diz.

Revolver o fundo do Lago Paranoá comprometeria ainda mais a qualidade da água, com a liberação de inúmeras substâncias (como fósforo, abundante no Paranoá, ente outras ainda desconhecidas). Peixes e outros animais correriam risco de morte, além de se afetar uma pretensão do governo de utilizar o lago como fonte de captação para o abastecimento da cidade.

Por ora, o governo trabalha nas linhas de recuperação e prevenção. Um programa permanente de educação ambiental junto à população também é considerado imprescindível, já que a quantidade de lixo (garrafas, plástico e tantos outros materiais) despejado no lago não para de aumentar. A ocupação irregular das margens do lago é outro problema que também aguarda uma solução. A informação é do Correio Braziliense.

Um comentário:

Unknown disse...

É, estamos mesmo a "ver navios" com a irresponsabilidade do povo que moram aos arredores dos rios, lagos, lagoas, corregos, baías, manguezais e etc. Por um motivo de preguiça e ou desleixo, se joga tudo que não se quer nas aguas, daí torna-se um verdadeiro lixão ao céu aberto. Tudo culpa da falta de educação do povo desde a infância!
Caso todo o povo ouvissem aquieta, hoje não ouviria coitado.
Quem acompanha há vários anos esses despejos de dejectos nas águas que eram limpidas, e agora estão tão sujas e com seus leitos assoreados como os pequenos rios, lagos, lagoas, corregos, e principalmente a nossa baía de todos os santos, viríamos com outros olhos.
É de doer a burrice do povo!

Cruzei o Atlântico!

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