sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Por dentro, ou melhor, por baixo do mundo...

Na era dos satélites, as telecomunicações ainda dependem, e muito, de um sistema implantado em meados do século 19 e que vem se desenvolvendo desde então. Trata-se dos cabos submarinos, que interligam países e continentes e permitem que as pessoas se comuniquem por telefone e internet, assistam televisão ou que as empresas transmitam dados.

Os sinais em alta definição das Olimpíadas, por exemplo, viajaram da China ao Brasil pelo mar. Eles foram transportados por uma malha de cabos submarinos de fibra ótica de várias empresas com as quais a Embratel mantém acordos de aluguel da capacidade dessa infra-estrutura. Atualmente, a maior parte desses cabos são dotados de fibras ópticas, que recebem uma proteção bastante reforçada para trabalhar sob o mar. E, para reduzir o risco de acidentes, os cabos são identificados em cartas náuticas e ficam localizados em áreas de proteção. Nessas regiões, atividades que podem danificar o sistema, como a pesca, são proibidas.

Um estudo da TeleGeography gerou um mapa que exibe as principais redes de cabos submarinos de internet no mundo. O mapa revela que as principais rotas de tráfego de dados pelo oceano saem da região. Outro conjunto grande de cabos é encontrado ao longo da costa Oeste americana e ligando a Califórnia com backbones em diversos pontos da extrema Ásia, como Japão, Sudeste da China e ilhas do Pacífico. O Brasil possui suas principais conexões com a Argentina e, para acessar dados de servidores na Europa ou Estados Unidos, os cabos que partem do Brasil quase todos passam pelo Caribe.

Há uma única rede ligando o Brasil à África. Trata-se de um conjunto de cabos que sai da região do Rio Grande do Norte até as ilhas de Cabo Verde e, de lá, até o Senegal. Dá uma olhada na verdadeira "malha" submersa mundial!


Fonte: Abril/Bahia Náutica

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