E olha que essa edição aconteceu com mudanças significativas! Saímos de Salvador no dia 18 de setembro com seis tripulantes: eu, Carlos, Marquinhos, Clóvis, Tovar e Antonio Carlos (Castanha) para realizarmos um verdadeiro passeio até Recife. O vento era de Leste, o mar deitado que parecia até que estávamos na nossa querida BTS. Mais parecia uma volta da ilha num domingo de sol, não fosse pela água roxa do mar, que a gente não se acostuma em ver e admirar.
Foram pouco mais de 55 horas até cruzarmos a praia de Boa Viagem, já na capital pernambucana, por volta das 8 da noite, e experimentarmos a vista da cidade com uma nova iluminação pública que deixa aquele lugar realmente muito bonito pra quem chega pelo mar. Era um domingo e eu precisava descansar porque a semana prometia muitos compromissos. E assim foi. Logo na segunda, um encontro com o pessoal da Petrobras de Recife, o Hilton, o Wladimir, o Paulo, e o Neto, que iriam embarcar conosco para Noronha, e estavam ávidos por conhecer o veleiro e tirar as últimas dúvidas quanto aos procedimentos para a viagem. Tivemos um almoço muito gostoso lá mesmo no Cabanga, que afinal descobriu que pode ter um restaurante de comida a quilo, atendendo aos interesses de todos os velejadores. Resultado: restaurante lotado e comida ótima!
Já na terça me dediquei a tirar as pendências burocráticas que envolviam a nossa participação na regata, como a inscrição, e entrega de documentos, pagamentos etc.À tarde fomos eu e a Flavinha dar a nossa primeira entrevista. Foi na Rádio CBN, no prédio do Diário do Comércio de Pernambuco, e lá conhecemos a Éden Pereira, apresentadora, que bateu um papo delicioso comigo sobre as curiosidades em participar de uma prova como essa. Fico sempre muito impressionado com o interesse dos pernambucanos na Refeno. Nunca vi isso na Bahia nem em Ilhabela. O prestígio da população e a maneira como eles aplaudem os participantes é realmente comovente!
Era hora de preparar a quarta-feira, pois tínhamos um mergulho marcado pra bem cedo. E lá fomos nós para mais uma agradabilíssima surpresa: conhecemos os "Aquáticos", uma operadora de mergulho que é referência em Pernambuco, por causa do imenso profissionalismo com que operam naquela faixa de litoral. Fiquei impressionado com a estrutura disponível, a começar pelas instalações. O catamarã é inacreditável, novo, limpo, impecável, rápido, e a tripulação um show à parte.
Você pode até dizer: Ah! ele tá falando isso porque os caras receberam ele lá, é imprensa, e blá blá blá! Só que não há na Bahia, por exemplo, uma estrutura deste tamanho, e olha que o pessoal daqui se esforça. Mas a diferença é que em Pernambuco o governo do estado entende a importância do turismo e dá condições para operarem em grande estilo. Recentemente foram afundados rebocadores para a criação de novos points de mergulho, com total apoio dos órgãos ambientais e da Marinha, que entendem a matéria e sabem que navio afundado não é lixo, e sim oportunidade de vida para um fundo do mar já tão desértico, além de opção de turismo para um público de alto poder de consumo.
Pra encerrar um dia perfeito de mergulho, água roxa, 25 metros de visibilidade, calor, e dois naufrágios imperdíveis: O "Pirapama" e o "Vapor de Baixo", com direito a arraia "anfitriã, e tubarões dentro de uma caldeira. Você vai conferir tudo isso em novembro, na Record. O mergulho terminou por volta do meio dia; troquei de roupa no barco mesmo, que, aliás, tem estrutura completa com chuveiros, lanchonete com geladeiras, etc, e, sem tempo nem pra almoçar, saímos correndo para Olinda, onde na TV Tribuna - Rede Record, participamos de um programa muito gostoso: o "Pra Você", dos meus mais novos amigos Mônica e Flávio.
Saímos do Cabanga por volta das 13 horas, aproveitando a maré, e encontramos com eles no Marco Zero do Recife. Era um povo desconfiado e meio temeroso, já que alguns deles têm dificuldades de locomoção. Tratei de quebrar o clima com piadas e brincadeiras pra descontrair um pouco, mas o que eles não sabiam é o quanto aquilo estava mexendo comigo por dentro. Zarpamos e logo eles foram se acostumando e se soltando, visitando o barco internamente, fazendo perguntas, brincando, e o astral ficou ótimo! Dá pra ver nos rostinhos na foto que está publicada na seção de fotos aqui do site. Foi demais! Me emocionei muito em ver que no fundo a gente reclama muito da vida e reclama de barriga cheia! Agradeci muito a Deus por ter sido, ao menos por alguns momentos, uma alternativa de descontração para eles e que tenha, ao menos nesta tarde, proporcionado algo diferente para as sua vidas.
Estamos nos aproximando do dia da largada! A preparação, os tripulantes, os desafios de termos a bordo pessoas inexperientes, o encontro com o veleiro de Florianópolis avariado e o reboque, além da emoção de chegar em Noronha e conquistar o terceiro lugar na classe aberta.Tudo isso e muito mais eu conto pra você no próximo artigo, em breve. Até lá!
Foram pouco mais de 55 horas até cruzarmos a praia de Boa Viagem, já na capital pernambucana, por volta das 8 da noite, e experimentarmos a vista da cidade com uma nova iluminação pública que deixa aquele lugar realmente muito bonito pra quem chega pelo mar. Era um domingo e eu precisava descansar porque a semana prometia muitos compromissos. E assim foi. Logo na segunda, um encontro com o pessoal da Petrobras de Recife, o Hilton, o Wladimir, o Paulo, e o Neto, que iriam embarcar conosco para Noronha, e estavam ávidos por conhecer o veleiro e tirar as últimas dúvidas quanto aos procedimentos para a viagem. Tivemos um almoço muito gostoso lá mesmo no Cabanga, que afinal descobriu que pode ter um restaurante de comida a quilo, atendendo aos interesses de todos os velejadores. Resultado: restaurante lotado e comida ótima!
Já na terça me dediquei a tirar as pendências burocráticas que envolviam a nossa participação na regata, como a inscrição, e entrega de documentos, pagamentos etc.À tarde fomos eu e a Flavinha dar a nossa primeira entrevista. Foi na Rádio CBN, no prédio do Diário do Comércio de Pernambuco, e lá conhecemos a Éden Pereira, apresentadora, que bateu um papo delicioso comigo sobre as curiosidades em participar de uma prova como essa. Fico sempre muito impressionado com o interesse dos pernambucanos na Refeno. Nunca vi isso na Bahia nem em Ilhabela. O prestígio da população e a maneira como eles aplaudem os participantes é realmente comovente!
Era hora de preparar a quarta-feira, pois tínhamos um mergulho marcado pra bem cedo. E lá fomos nós para mais uma agradabilíssima surpresa: conhecemos os "Aquáticos", uma operadora de mergulho que é referência em Pernambuco, por causa do imenso profissionalismo com que operam naquela faixa de litoral. Fiquei impressionado com a estrutura disponível, a começar pelas instalações. O catamarã é inacreditável, novo, limpo, impecável, rápido, e a tripulação um show à parte.
Você pode até dizer: Ah! ele tá falando isso porque os caras receberam ele lá, é imprensa, e blá blá blá! Só que não há na Bahia, por exemplo, uma estrutura deste tamanho, e olha que o pessoal daqui se esforça. Mas a diferença é que em Pernambuco o governo do estado entende a importância do turismo e dá condições para operarem em grande estilo. Recentemente foram afundados rebocadores para a criação de novos points de mergulho, com total apoio dos órgãos ambientais e da Marinha, que entendem a matéria e sabem que navio afundado não é lixo, e sim oportunidade de vida para um fundo do mar já tão desértico, além de opção de turismo para um público de alto poder de consumo.
Pra encerrar um dia perfeito de mergulho, água roxa, 25 metros de visibilidade, calor, e dois naufrágios imperdíveis: O "Pirapama" e o "Vapor de Baixo", com direito a arraia "anfitriã, e tubarões dentro de uma caldeira. Você vai conferir tudo isso em novembro, na Record. O mergulho terminou por volta do meio dia; troquei de roupa no barco mesmo, que, aliás, tem estrutura completa com chuveiros, lanchonete com geladeiras, etc, e, sem tempo nem pra almoçar, saímos correndo para Olinda, onde na TV Tribuna - Rede Record, participamos de um programa muito gostoso: o "Pra Você", dos meus mais novos amigos Mônica e Flávio.
Reencontrei com o velho Genival Lacerda, com quem convivi tanto na época de rádio, e demos muita risada com este velho e simpático palhaço do forró!! Foi uma festa. Quando o programa acabou, o telefone da TV bombou de gente querendo passear conosco no nosso barco. Foram mais de 100 telefonemas em apenas meia hora!! Show de bola!
Saí da TV moído de cansaço. Lanchamos e fui direto pro hotel. Tava precisando de uma noite de sono em uma cama que não balançasse! Quinta feira foi dia de mais correria! Tínhamos que fazer a vistoria da Marinha, uma operação importante para checar o preparo dos barcos quanto a segurança no mar, para enfrentar as 300 milhas até o arquipélago de Noronha, e também era dia do passeio com o pessoal do NACC, o Núcleo de apoio a Criança com Câncer. Eu não sabia, mas iria enfrentar o meu mais difícil compromisso. Você não sabe como é grande o efeito do passeio de barco para pessoas que têm no seu dia a dia uma rotina de hospitais e tratamentos pesados.
Saí da TV moído de cansaço. Lanchamos e fui direto pro hotel. Tava precisando de uma noite de sono em uma cama que não balançasse! Quinta feira foi dia de mais correria! Tínhamos que fazer a vistoria da Marinha, uma operação importante para checar o preparo dos barcos quanto a segurança no mar, para enfrentar as 300 milhas até o arquipélago de Noronha, e também era dia do passeio com o pessoal do NACC, o Núcleo de apoio a Criança com Câncer. Eu não sabia, mas iria enfrentar o meu mais difícil compromisso. Você não sabe como é grande o efeito do passeio de barco para pessoas que têm no seu dia a dia uma rotina de hospitais e tratamentos pesados.
Saímos do Cabanga por volta das 13 horas, aproveitando a maré, e encontramos com eles no Marco Zero do Recife. Era um povo desconfiado e meio temeroso, já que alguns deles têm dificuldades de locomoção. Tratei de quebrar o clima com piadas e brincadeiras pra descontrair um pouco, mas o que eles não sabiam é o quanto aquilo estava mexendo comigo por dentro. Zarpamos e logo eles foram se acostumando e se soltando, visitando o barco internamente, fazendo perguntas, brincando, e o astral ficou ótimo! Dá pra ver nos rostinhos na foto que está publicada na seção de fotos aqui do site. Foi demais! Me emocionei muito em ver que no fundo a gente reclama muito da vida e reclama de barriga cheia! Agradeci muito a Deus por ter sido, ao menos por alguns momentos, uma alternativa de descontração para eles e que tenha, ao menos nesta tarde, proporcionado algo diferente para as sua vidas.
Estamos nos aproximando do dia da largada! A preparação, os tripulantes, os desafios de termos a bordo pessoas inexperientes, o encontro com o veleiro de Florianópolis avariado e o reboque, além da emoção de chegar em Noronha e conquistar o terceiro lugar na classe aberta.Tudo isso e muito mais eu conto pra você no próximo artigo, em breve. Até lá!
Denis Peres
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