quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Tempo, tempo, tempo, tempo...

Quarta-feira, 24. Dia de mergulho logo cedo com o pessoal da operadora Aquáticos, a maior em Recife. O plano era mergulhar em dois naufrágios: o Pirapama e o Mercúrios. Mas o tempo...bom, o tempo mais uma vez era curto, pois às 13h tínhamos que estar na TV Tribuna Record para participar do Programa Pra Você. Com isso, mudança de planos! Após 45 minutos motorando (e enjoando!) cerca de 7 milhas fora da costa, chegamos ao primeiro ponto de descida: o naufrágio Piarapama. A profundidade era de 25 metros. E confesso que numa água tão azul e numa profundidade tão grande eu nunca havia descido. E lá fomos nós: eu, Marquinhos (Necton Sub), Denis e o staff da Aquáticos que deram um show de profissionalismo e competência a bordo.

Apesar de demorar um pouco pra chegar ao fundo do naufrágio, por conta da pressurização no ouvido, vi pelo menos três enormes arraias, logastas e muitos peixes. Simplesmente incrível! Destaque para toda a turma da Aquáticos: Bruno que registrou as imagens sub, Gibi, sempre atencioso com o bem-estar e o uso dos equipamentos e Gaba que conseguiu nos deixar em terra às 12h30! Hora de correr para a TV Record, se preparar rapidamente e começar a gravação. E advinha quem estava por lá também?! Genival Lacerda! Misturando forró com um bom humor impecável, o paraibano deu o tom para as entevistas do dia, incluindo a de Denis, com cerca de meia hora ao vivo. Três horas da tarde acabamos as gravações e fomos ao nosso almoço! Agora aqui estou no meu "tronco" virtual, sendo informada pela Aline Ramos que a entrevista bombou e que cerca de 50 pessoas ligaram querendo saber mais de vida a bordo e, claro, querendo velejar! Até sexta-feira participamos de mais alguns programas, onde em torno de 10 pessoas poderão dar um passeio conosco no veleiro - o último antes da largada no sábado. Mas até lá...até lá..muita água ainda vai rolar...aguarde!

Flávia, ainda com o o ouvido doendo, mas se preparando para um churrasco a bordo do veleiro Graminho...

Navegando em todas as ondas...


E chegamos ao nosso terceiro dia em Recife! Ontem (24) fomos à Rádio CBN no Jornal do Comercio. Ao vivo, batemos um papo com a apresentadora Éden Pereira sobre as aventuras e possibilidades que o mar oferece. Por cerca de 40 minutos Denis conseguiu "contaminar" a turma do rádio, que a cada perguntava reforçava o fascínio dos que são apaixonados pelo tema e sempre querem saber das pequenas curiosidades dao dia-a-dia e da vida a bordo. Perguntas como: e a rotina? Dá medo? Quantos tempos vocês dormem? Quantos dias de viagem até Noronha? E lá se ia o tempo...só deu tempo mesmo de correr novamente para chegar ao Marco Zero, onde já tínhamos deixado o barco prontinho para receber cerca de dez crianças do Projeto Nacci, de apoio à criança com câncer.

Durante duas horas a bordo crianças e adolescentes - além da presença da já badalada Aline Ramos e do jornalista Wladimir, do JC on Line, se divertiram num belíssimo fim de tarde nas águas de Recife. A turminha, que nunca tinha sequer entrado num veleiro, fez a festa! De novo, mais perguntas e curiosidades, conheceram o barco por dentro e até arriscaram comandar o barco junto com Denis, como o pequeno William, que você vê na foto. Por volta das 6 da tarde voltamos ao Marco Zero para deixá-los - tanto eles, como nós - com gostinho de quero mais...Mas o tempo sempre voa...na maioria das vezes deixando excelentes recordações.

À noite, enquanto esperávamos pela maré para voltar ao clube, jantamos a bordo uma bela massa preparada por Marquinhos - embarcado desde Salvador em nosso veleiro. Barriga cheia, ok, mas oos pratos sobraram pra min! Já eram 10 da noite quando finalmente aportamos no Cabanga e, pra quem pensa que o dia foi longo, teve ainda um jazz e muito bate-papo entre os velejadores rolando no clube...tempo mesmo só para recarregar as "baterias" para uma nova maratona! Qual? Aí só na próxima postagem...



Flávia

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Começou a nossa maratona...

Já estamos em Recife! De "mala e cuia! no Cabanga Iate Clube, o veleiro Lubrax Syntonia/NáuticaBrasil está inteirinho para começar a sua maratona de velejadas e compromissos durante mais uma edição da Refeno. Ontem (22) o dia foi de ajustes, limpeza e preparação do barco, que até o dia da largada da regata no sábado (27), receberá imprensa, amigos e convidados.

O clima no Cabanga ainda é de o de rever velhos ami
gos e velejadores que vêm à Refeno pela primeira vez. Ontem reencontramos a assessora de imprensa, Aline Ramos, além da sempre simpática Heloísa Schurmann e também a velejadora Izabel Pimentel, que lançou seu livro contando a travessia do Atlântico. A partir de agora é correria. Já já damos entrevista na Rádio CBN e voltamos para o clube para uma velejada com jornais locais e crianças do Projeto Nacci, abraçados pela organização da Refeno. Amanhã (24) cedinho tem mergulho em dois naufrágios e mais uma série de entrevistas, desta vez na TV Record. Até lá com mais novidades..Fui! Correndo!

Flávia

Papai Noel chegou!

Ele chegou meio tímido à secretaria da Regata Tecife-Noronha (Refeno). Perguntou se alguém falava espanhol, italiano, francês ou inglês e tratou logo de inscrever o veleiro Anair. Andre Marcel Blanc não conseguiu vaga no píer - deixou a embarcação no PIC - Pernambuco Iate Clube. Mas anda circulando no Cabanga com um jeitão de papai Noel. A cabeleira é bem branquinha - parece um novelo de lã! Brincadeiras à parte, Andre é um dos estrangeiros que vieram prestigiar a Refeno e proemte levar muitas histórias pra contar mar afora.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Estamos partindo...


Pois é... a semana é de correria para dar conta de todos os preparativos que envolve mais uma participação do Bahia Náutica e Náutica Brasil na Regata Recife-Fernando de Noronha (Refeno). Pela sétima vez consecutiva o programa desembarca nas águas pernambucanas para uma série de compromissos. Ontem (18) Denis já partiu a bordo do nosso veleiro de 46 pés, o Lubrax Syntonia/Náutica Brasil, junto com uma parte da tripulação que seguirá até Noronha. Uma parte porque ao chegar em Recife, mais especificamente no Cabanga Iate Clube, um grupo desembarca e outro segue para a disputa da regata que agora que completará 20 anos ininterruptos!

A previsão é de que o veleiro aporte no domingo ou segunda para - antes de partir para a Refeno - comece uma verdadeira maratona de gravações, documentários, mergulhos, entrevistas, palestras e tudo que for possível imaginar até o sábado (27), quando efetivamente os mais de 100 barcos deixem o bairro do Marco Zero rumo ao paradisíaco arquipélago de Fernando de Noronha. Em média são dois dias de navegação até a chegada à ilha. A festa de premiação acontece na quarta-feira (1º). Mas advinha até lá o que nos espera? Mais gravação, mais trampo e, claro, um pouquinho de curtição porque ninguém é de ferro.

Então...estamos partindo e até lá você acompanha aqui no blog e no site o que tá rolando por lá. Eu parto de avião, na segunda e no mesmo dia vou chegando na internet sempre que possível para postar as últimas novidades dessa grande festa oceânica. Bons ventos e muita bateria! Vamos precisar! Seguem alguns trechos e links da divulgação que já está rolando lá em Recife por conta da nossa chegada.


Flávia
Foto:Hélio Viana

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Refeno este ano só de longe!

Um veterano da Regata Recife - Fernando de Noronha vai ficar de fora da festa, este ano. É Átila Bohm, de 47 anos. Ele já participou de 8 Refenos. Casado com a terapeuta ocupacional Cláudia Schmidt, de 35 anos, Átila foi papai novamente. O casal, que já tinha Érica, de 9 anos, agora ganhou Luca - esse meninão que, pelo jeito, adora o colinho da irmã. O skipper Átila já foi campeão da RGS, na Refeno, como comandante do Vmax 3. Estava fazendo planos de ir na regata, a bordo do Atrevida - o maior veleiro particular e mais antigo do Brasil, do qual é comandante, atualmente. Mas o dono tinha outros compromissos."-É uma lástima não participar. Gosto do clima da regata e do Cabanga", lamentou.


Nos Sete Mares

Os artistas que vão participar da exposição Arte dos Sete Mares estiveram no Cabanga, nesta quarta-feira, para levar as obras que vão compor a mostra. E fizeram pose para foto. Dezesseis participam da exposição, que começa nesta quinta-feira, às 19h, no salão Sylvio Velho Barreto. A entrada são dois quilos de alimentos não perecíveis ou R$ 5,00 - que serão doados à Fundação Altino Ventura. As obras estão à venda. A Arte dos Sete Mares vai até o dia 28 deste mês.

Fonte:Imprensa Refeno

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Especial Refeno - Saiba como foi a expedição que inspirou a maior regata oceânica do país

A Regata Recife - Fernando de Noronha (Refeno) é hoje uma das competições oceânicas mais badaladas do país. Quem vê toda a organização da prova, nem imagina que, para que ela desse certo e conquistasse fama e tantos velejadores, teve que ser milimetricamente planejada, desde o início.


Muitos não sabem como tudo começou, como nasceu a idéia do cruzeiro saindo do Recife até o arquipélago. Foi no ano de 1984. O velejador Maurício Castro, apaixonado por barcos e com idéia fixa de conhecer Fernando de Noronha, pensou: - É possível embarcar nessa aventura. Outros já tinham tentado e fracassado, mas nem assim ele desistiu. Conversou com amigos, que achavam graça naquele sonho maluco. Até que um deles, Raimundo Nonato Veras topou o desafio. Ele acabara de comprar o veleiro Odysseus, um artége de 30 pés, que parecia perfeito para a viagem. Maurício e Nonato chamaram outro amigo: Torreão. Os três já eram aposentados, na época. E batizaram a equipe de Pé na Cova, por causa da idade dos velejadores. Foram meses de preparação, estudos de correntes e marés em encontros semanais, até chegar o grande dia. Raimundo, como era o dono do barco, disse logo: - meu filho Leonardo Veras também vai! Ninguém contestou. Mas quem iria limpar o banheiro e cuidar do barco? Pra fugir do serviço pesado, convocaram o marinheiro Abdias. A tripulação estava formada.

No fim de setembro, a equipe Pé na Cova deixou o Recife. Mas tudo foi tão bem planejado, que eles praticamente não tiveram problemas no percurso. E até hoje a partida da regata se mantém no mesmo período: a última semana de setembro. Antes deram uma parada em Natal e depois seguiram até Noronha. O único susto durante o percurso, foi um navio que foi se aproximando do Odysseus e depois apagou todas as luzes e foi embora. A tripulação desconfia que era algum navio de contrabando, que talvez tenha pensado que o veleiro se aproximava para entregar alguma mercadoria. Graças a Deus foram embora quando descobriram o engano. Depois de 60 horas de muita conversa a bordo e expectativa, o veleiro Odysseus chegou ao arquipélago. Como já era quase noite, os cinco desbravadores brindaram com champanhe e aguardaram até o dia seguinte, para descer do barco, na baía de Santo Antônio, que na época ainda nem era porto. Foi na praia mesmo! A chegada foi logo comunicada por telégrafo, aos incrédulos, que devem ter babado de inveja, no Recife. Ficaram uma semana pescando, fazendo amizades e nadando com os golfinhos, pois na época não havia proibição. Quando eles foram embora, toda a família de Dona Pituca, que hospedou a tripulação, foi acenar com lenços, na praia.

Um ano mais tarde, Maurício Castro organizou um cruzeiro com seis barcos para a ilha. E em 1986, 20 barcos participaram da primeira Regata Recife -Fernando de Noronha. Um mês antes da partida da XX Refeno, a equipe Pé na Cova se encontrou no Cabanga, para falar dessa aventura que virou evento - a regata mais charmosa do Brasil. E que se prepara para os próximos 20 anos.

Fonte: Refeno

Tubarão faz "degustação" e descarta surfista "insosso"

Um surfista que pôs seus dedos dentro da boca de um tubarão para se livrar de um ataque diz que se salvou porque o peixe não apreciou o gosto de sua perna. Todd Murashige, 40, falou com repórteres no The Queen's Medical Center, dois dias após ter sofrido o ataque em Oahu (Havaí).

Murashige afirmou que estava sentado em sua prancha descansando e não viu quando o animal se aproximou para morder sua coxa direita. "Foi muito surreal. Só vi a cabeça de um tubarão ali", disse o surfista. "Coloquei meus dedos dentro da boca dele para tentar me desvencilhar, mas não senti nenhum dente. Pensei que estava pegando na gengiva ou no 'lábio'." Murashige afirmou que o bicho não insistiu no ataque. Para ele, foi apenas uma "degustação", porque o tubarão não o perseguiu, mordeu ou chacoalhou. "Acho que o gosto não era bom." Após escapar do animal, o surfista voltou à praia com sua prancha, que foi mordida. O serviço de emergência foi chamado e ele foi levado a um hospital com graves ferimentos na perna. Pelas características descritas por Murashige, suspeita-se que o animal era da espécie tubarão-tigre.

Fonte:Folha on Line/Dive-Net

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Bastidores da Refeno I...

Já diz o ditado que promessa é dívida, e como estamos no mês da 20ª Regata Recife-Fernando de Noronha (Refeno) vamos divulgar aos poucos alguns vídeos de bastidores do que aconteceu na edição anterior da regata. Estrelando o vídeo desta semana, "Marquinhos Peres" tentando imitar Denis na apresentação do Lubrax Náutica. Vale lembrar que este ano a Petrobras continua conosco a bordo, desta vez como o lançamento do seu mais novo produto para motores de popa: o Lubrax Syntonia. Em breve mais detalhes. Até lá e divirta-se com o nosso garoto propaganda substituto...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A vida após o naufrágio

Dois anos depois de converterem um porta-aviões em recife artificial, os EUA planejam afundar outros trinta navios parao mesmo fim, enriquecendo a biodiversidade marinha. Os recifes de corais desempenham um papel vital nos oceanos, abrigando um quarto da biodiversidade marinha. Eles são usados pelos peixes como habitat para alimentação e reprodução, além de servir de abrigo contra predadores.

Para multiplicar esses santuários ecológicos, tornou-se comum em muitos países a criação de recifes artificiais – em geral, grandes navios já fora de uso que são afundados e aos poucos se cobrem de algas, moluscos e crustáceos. A Universidade de West Florida, nos Estados Unidos, divulgou o resultado de um estudo comprovando o sucesso do recife artificial feito com a maior embarcação já empregada para esse fim, o porta-aviões Oriskany, afundado há dois anos. O Oriskany entrou em atividade em 1950 e foi utilizado pela Marinha americana nas guerras do Vietnã e da Coréia. Entre os que serviram no navio está o candidato republicano à Presidência, John McCain, que em 1967 decolou de sua pista para a missão em que seu avião foi abatido e ele se tornou prisioneiro de guerra.

Hoje, a embarcação abriga 38 espécies de peixe. Além disso, passou a ser atração turística para os praticantes de mergulho. No ano passado, recebeu 4 200 visitantes. Após o sucesso do projeto, a Marinha americana relacionou pelo menos outros trinta navios candidatos a se tornar recifes artificiais.O uso de embarcações como recifes envolve desafios. Para que a estrutura seja tomada por vegetais e peixes, é preciso submergi-la em locais com a profundidade ideal e condições adequadas de temperatura, luminosidade e salinidade. Outro pré-requisito é a rigorosa limpeza de todo o navio, para evitar a introdução na cadeia alimentar marinha de substâncias tóxicas presentes nos óleos, nos cabos e na pintura do casco. Os ambientalistas advertem que é necessário monitorar constantemente os recifes artificiais. "A concentração de peixes faz com que eles se tornem expostos à pesca predatória, inclusive com redes", explica o biólogo especialista em corais Rodrigo Moura, da Conservação Internacional.

A criação de recifes artificiais é um costume relativamente antigo, iniciado no fim do século XVIII no Japão. Naquela época, o objetivo não era a proteção das espécies, mas o aumento da oferta pesqueira nos vilarejos. A transformação de navios em recifes começou a se difundir nos Estados Unidos na década de 60. Desde então, já foram afundadas dezenas de embarcações – e até aviões, como o Spirit of Miami, um Boeing 727 submerso em Key Biscayne, na Flórida.O Brasil também tem navios usados como recifes artificiais. Um dos casos mais bem documentados é o do cargueiro Victory 8-B, com 100 metros de comprimento, afundado em 2003 a 8 quilômetros da costa de Guarapari, no Espírito Santo.

O navio aumentou o turismo de mergulho na região, mas também provoca críticas de ambientalistas por atrair barcos de pesca que lançam redes de arrasto e gaiolas. Como não há fiscalização suficiente, as próprias escolas de mergulho da região assumem a tarefa de zelar pelo recife, retirando redes e denunciando a pesca irregular ao Ibama. "A lição que fica é que, para criar um recife artificial, não basta afundar uma embarcação, é preciso planejamento e monitoramento constantes", diz o geólogo Alex Bastos, do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal do Espírito Santo. Com instalação e manutenção corretas, os recifes feitos pelo homem são uma dádiva para o ambiente marinho.

A matéria é de Vanessa Vieira, da Revista Veja, e divulgada por Paulo Amorim, da Dive-Net.

Um endereço com latitude e longitude!

Quem acompanha o programa já conhecem os famosos "Três no Mundo": um pai (Sérgio) e mais dois filhos (Jonas e Carol) que saíram de São Paulo há pouco mais de dois anos para viver a bordo. Após lançar um livro, contando todas as aventuras vividas, o trio nos escreve para contar mais uma grande novidade. Confiram:

"Travessura!!!Não fiquem preocupados, amigos: o Jonas e a Carol não aprontaram nada, não!Simplesmente, Travessura é o nome de nossa nova casa flutuante e este e-mail é para comunicar aos amigos que têm acompanhado nossas aventuras, que ele é o nosso novo lar e companheiro de viagens (dizem que os barcos têm alma!). Outra coisa que dizem, é que nós não escolhemos os barcos: eles nos escolhem! E foi o caso do Travessura. Quando retornamos do Encontro Nacional da ABVC (Associação Brasileira dos Velejadores de Cruzeiro) onde lançamos nosso livro, depois de passar aquela semana morando no barco e com a companhia e atenções dos amigos velejadores, vimos que estávamos levando nossa vida em Ilhabela na contramão dos nossos desejos.

Aquela semana nos abriu os olhos. Durante a ABVC, aconteceu uma oficina de vela oceânica para crianças e o barco onde foi feita a oficina, um Fast 410 muito bonito, me chamou a atenção, primeiro por parecer estar em ótimo estado e em segundo lugar pelo nome mais do que perfeito para a oficina de vela para as crianças: “Travessura”. Não conhecemos o Travessura no Encontro, mas fiz uma dedicatória para a Ivani, dona do barco, que ganhou um livro nosso do Pêra, que realizou a oficina, por ela ter emprestado o barco graciosamente.Dessa forma, retornando para Ilhabela, comecei a procurar veleiros mais ansiosamente.Entre os que vi anunciados, havia um anúncio de um Fast 410, veleiro de 41 pés muito confortável, que eu já namorei algumas vezes, sempre que pensava em trocar de barco.Escrevi e, qual não foi minha surpresa, a Ivani me respondeu que o Fast 410 à venda era o Travessura e que estava em Bracuhy, Angra dos Reis.

Respondi imediatamente e me identifiquei, o que já causou uma simpatia mútua imediata. Só havia um “pequeno” problema: eu não tinha dinheiro para comprar o barco!Expliquei que tinha imóveis em Ilhabela e ela disse que poderiam interessar, pois a filha dela vinha sempre para Ilhabela, para a casa de uma amiga.Marcamos de conhecer o Travessura, que nos agradou muitíssimo. Não esqueço a cara que as crianças e a Lu fizeram ao descer as escadas do belo veleiro.Quando a Ivani veio conhecer os chalés que eu tinha em Ilhabela para a troca, ela perguntou onde eram. Quando eu respondi que se localizavam na Cocaia, outra coincidência: a amiga da filha tinha casa justamente na Cocaia, portanto não era um bairro desconhecido para ela. Quando ela chegou para vê-los, perguntei à sua filha, que a acompanhava, se a amiga dela vinha sempre para Ilhabela. Ela disse-me que a amiga morava na Ilha. Ligando alguns fatos, fiz algumas perguntas: “- Sua amiga estuda no São João? (antigo colégio das crianças) “-Sim.”“- Sua amiga mora no Alto da Cocaia?”“Sim!”“- Sua amiga se chama Dora?”“- Sim!!!!!” com muita surpresa!Dora foi colega do Jonas desde a pré-escola. Estudaram juntos por 8 anos.

Já é muito difícil alguém que queira imóveis na troca por um barco, mas com tantas coincidências assim cercando o negócio, isso já é demais!!!Senti que ela ficou feliz em nos vender o Travessura, pois tinha muitos planos para ele e sabe que pretendemos dar andamento a esses planos. Nós também ficamos muito felizes, pois é um veleiro robusto, confortável e está em muito bom estado, tratado com muito carinho.

Pretendemos levá-lo para “passear” bastante e veleiros foram feitos exatamente para isso.Muitos me perguntam: “- E o Fandango? Já vendeu?”Não o vendemos! Ele é um companheiro que gosta de regatas e para isso está “vestido” atualmente. Pretendemos correr regatas com ele e o amigo/sócio Ladislau até sairmos para viajar outra vez. Quando o vendermos futuramente ele se transformará em nossa “reserva financeira para viagem”. Estamos felizes e queríamos compartilhar com vocês esse avanço em nossos planos de viajar mais e mais!Em breve estaremos morando no Travessura e nosso endereço voltará a ser escrito em latitude e longitude, que podemos mudar na hora que desejarmos!

Abraços para todos;
Sérgio, Jonas e Carol"

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Os tubarões agradecem....ou não...

Em mais um capítulo das coisas estranhas que acontecem pelo mundo, aí vai mais essa: a artista britânica Alice Newstead resolveu ficar suspensa por anzóis em protesto contra o tratamento dado aos tubarões...

Segundo a "artista" a medida drástica é uma maneira de chamar atenção contra a prática da remoção das barbatanas dos tubarões- onde os animais ficam dependurados espetados em anzóis, antes das suas barbatanas serem cortadas para servir de ingrediente para a famosa sopa de barbatanas. Em seguida os tubarões são devolvidos ao mar ainda vivos.

Uma multidão se reuniu em frente a uma luxuosa loja de cosméticos na Regent Street, em Londres, para ver a jovem de 26 anos dependurada com anzóis espetados em suas costas e com o seu sangue jorrando. E ela afirmou: "Estou fazendo isto porque a demanda pelas barbatanas de tubarão para sopas e outras partes do tubarão estão diminuindo a sua população.”

Há comentários de que os tubarões estão comovidos...

A notícia foi enviada por Renato Lobo na Dive-Net.

Após 80 anos no mar, champanhe vale... R$ 472 mil!

Duzentas garrafas de champanhe que ficaram presas no fundo do mar por mais de 80 anos, depois que o navio que as transportava naufragou, estão sendo vendidas em um hotel russo por 156 mil libras (cerca de R$ 472 mil) cada garrafa, informou o diário online Ananova.
As bebidas tinham sido enviadas para a família real russa em 1916, mas o navio que as transportava naufragou na costa finlandesa e a carga nunca chegou ao seu destino. Os destroços só foram encontrados em 1997, quando mergulhadores descobriram as garrafas intactas. Posteriormente, a champanhe foi comprada pelo hotel Carlton Ritz, de Moscou. O hotel é um dos dez mais caros do mundo, onde um quarto pode ter a diária superior a 10 mil libras. Alguém se candidata?!!

A notícia é de agências internacionais e divulgada no Portal Terra.

Faxina no mar!

Nos próximos dias dois eventos vão chamar atenção da população para os nossos estragos cotidianos no mar. O primeiro é o "Clean-up Day", que acontece no dia 12 de setembro na Praia do Porto da Barra às 18h. O outro é o "Joguelimpo com Nossas Praias", que será nos dias 13, 20, 27 e 28 também deste mês. A programação inclui diversas atividades ambientais, teatrais, artísticas e culturais que serão realizadas simultaneamente, em rede, em quatro regiões da costa baiana: na capital (nas praias de Itapuã e São Tomé de Paripe), no extremo sul (Porto Seguro, Caravelas e Alcobaça), no baixo sul (em Barra Grande) e no litoral norte (em Praia do Forte).

O Joguelimpo com Nossas Praias, que mais uma vez integra a campanha internacional Clean Up The World (da Austrália), tem a finalidade de mobilizar e sensibilizar os indivíduos para a formação de uma cidadania ambiental, voltada para a conservação das praias e ambientes costeiros. “Tomando como referência o Dia Internacional de Limpeza das Praias, comemorado no dia 20 de setembro, acreditamos na Educação Ambiental como um processo contínuo de vocação política e popular. O Joguelimpo com Nossas Praias auxilia na percepção e adequação do ser humano ao meio ambiente que os cercam”, avalia André Papi, coordenador geral da JOGUELIMPO.

No dia 13 acontecerá o evento de lançamento do Projeto na Praça Vinícius de Moraes [Farol de Itapuã], às 16h. A programação diversificada inclui atividades infantis, artístico-culturais e ambientais. Oficinas de reciclagem de papel e reaproveitamento de plástico serão oferecidas, além de diversos jogos educativos nas tendas ambientais. No sábado posterior [20] será o dia reservado à realização das caminhadas. As saídas na capital baiana serão nas praias da Sereia, em Itapuã, do Hotel Catussaba, em Stella Maris e de São Tomé de Paripe, em Paripe a partir das 9:00. Nos demais municípios serão: Maraú (Praia de Barra Grande), Porto Seguro (Praia de Itaperapuã), Caravelas (Praia da Barra e Pontal) e Alcobaça, todas as caminhadas iniciarão a partir das 9h.

Já no dia 27.09 [sábado], acontecerá o encerramento do Joguelimpo com Nossas Praias na Praça da Alegria em Praia do Forte, município de Mata de São João às 16h. Ações artístico-culturais e ambientais como oficinas de reciclagem de papel e reaproveitamento de plástico vão fazer parte da programação de encerramento, além de diversos jogos educativos nas tendas ambientais. A caminhada de encerramento do Joguelimpo com Nossas Praias acontecerá no dia 28.09 [domingo] ainda na Praia do Forte, com ponto de saída na Praça São Francisco [em frente à Igreja], a partir das 9h.
As inscrições para participação no projeto poderão ser feitas a partir do lançamento do projeto, no dia 13/09, pelo e-mail: joguelimpo_jl@yahoo.com.br ou por telefone (71) 3374.7945 mediante a doação de 1 quilo de alimento não perecível e 1 livro. Após a doação o voluntário receberá um cupom para trocar pelo Kit Joguelimpo (camisa, saco, luva e fita) no ponto de saída escolhido.

O que barcos pet podem ter a ver com óleo de cozinha?

Quem manda essa mensagem pra gente é o Lucivaldo Gomes. Quem é Lucivaldo? Bom, podemos chamá-lo de um cara multi-uso, mas dentre os seus feitos mais bacanas estão os - hoje- famosos barcos pets que ele começou a desenvolver há alguns anos em tamanho real.
Em 2003/2004 fizemos uma matéria com ele no antigoCenab, onde ele nos mostrou em terra e na água como criou e como o barco feito - inteiramente de garrafas de plástico - podia navegar. A partir de então ele gravou outras matérias, inclusive com a turma do Bahia Esporte. Todos os vídeos podem ser vistos no You Tube. O fato é que além de "projetista pet", Lucivaldo também trabalha com a reciclagem de materiais orgânicos também. Um deles o óleo de cozinha. Por isso nos mandou esse aviso pra quem quiser fazer a sua parte contra a poluição ambiental. Confira:
"Desenvolvi uma tecnologia própria para utilizar óleo de soja usado em fritura , queimado e com residuos. Só preciso da ajuda de todos para divulgarem este trabalho e tirar este poluente da natureza. Coleto no local, em Salvador e região metropolitana, a partir de 20 litros e pago na hora em produtos de limpeza ou em dinheiro. Para cada ponto de coleta que os divulgadores conseguirem cadastrar, estes ganharão um brinde proporcional a quantidade de óleo coletado.

Abraço a todos,
A NATUREZA AGRADECE!!!"
Esta mensagem foi enviada por Lucivaldo barcos pet. Para ver o perfil de Lucivaldo, clique em: http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=11439782455763522324

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Velejando no Fraternidade!

Exclamações, exclamações... às vezes reticências pela falta de palavras que tivemos ao velejarpela primeira vez no novo veleiro de Aleixo Belov: o Fraternidade. O 'barquinho" de 70 pés e 50 toneladas saiu do Estaleiro Belov, em Mapele, comigo, Denis, Carlos, Aleixo, Alexei (filho de Aleixo) e Paulo (cineasta) para fazer mais um teste na água. E lá fomos nós pela Baía de Todos os Santos, a princípio, a motor e depois velejando! E que sensação maravilhosa! Apesar de pesado, o barco navega muito bem; e com pouco vento fez rapidamente quase oito nós. Aleixo, com o seu já emblemático jeito falante e perfeccionista, ajustava aqui, mexia ali e algumas vezes chegava ao leme, onde todos puderam comandar um pouquinho! A tarde estava linda, céu azul, sol, ventos regulares e a bordo um delicioso queijo camenbert com chá, frutas, água e refrigerante.

Para nós, que acompanhamos a construção do barco desde o início, há cinco anos atrás, era uma sensação diferente - certamente - da de Aleixo, que ensinava ao filho as "manhas" dos cabos e ventos depois de três voltas ao mundo. Pessoalmente, tenho um sentimento de muita admiração por Aleixo, sempre muito simples e esticando as palavras na sua fala de quem conta o que fez e faz como se fosse tudo muito simples. "Nada disso é pra mim... até agora, após as duas vezes que o barco foi pra água, eu quase não peguei no leme...", disse, enquanto conversávamos na proa e seus olhos miravam o barco.

A bordo fizemos muitas imagens e fotos que vocês poderão ver no ar e também em nosso novo site que estréia na semana que vem. Destaque para o "maluco" do Carlos, que subiu no mastro de mais de 20 metros de altura para fazer algumas fotos maravilhosas. É que de lá de cima podemos ter uma noção quase "irreal" das dimensões do barco. Uma loucura!

Ah, mas lembra aquela história de Aleixo quase não pegar no leme?! Bom, isso não se aplicou na manobra de atracação do "veleirinho"... rssss... O bom e velho Aleixo fez questão de pôr o barco exatamente onde queria. Para isso já tinha visitado e medido a vaga um dia antes. E apesar da insistência dos ajudantes da Bahia Marina em querer transferí-lo para a vaga da cabeçeira, não houve jeito! Ele próprio fez a estratégia de atracação junto com as manobras, onde nós, "pobres" ajudantes, só podiam dizer "sim, senhor, comandante!" rsss...

Um dia realmente inesquecível.

Flávia

"Vamos fazer o que sabemos: velejar!"

Pois é...mal chegaram do Norte/Nordeste de Optimist, em Pernambuco, onde foram campeões, e os baianos Kim Vidal e Bruno Menezes já embarcaram para Florianópolis, onde disputarão a partir desta quinta (4) o XXX Campeonato Sul-Brasileiro da classe. Eles serão os únicos representantes baianos na disputa. A foto acima foi tirada ainda no aeroporto de Salvador, momentos antes do vôo.
Kim é o atual bicampeão baiano e campeão N/NE de Optimist. Já Bruno Menezes foi 1º lugar na Taça Aleixo Belov e também na Regata de Aniversário do Yatch Clube da Bahia - clube que representam. A competição vai até o dia 6 nas águas frias de Jurerê, Santa Catarina.

"Lá faz muito frio, e o mar é gelado também! As condições são bem diferentes aqui da Bahia, mas estamos indo com muita vontade de brigar por uma boa colocação, mesmo que tenhamos que disputar com os melhores", disse Kim. Ao todo serão cerca de 80 velejadores de várias partes do País na água, incluindo o Campeão Brasileiro, Carlo Mazzaferro. A disputa promete! "Vamos fazer o que sabemos: velejar!", completou Bruno Menezes.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Sete anos a Bordo!

Nesta terça-feira (2) o Bahia Náutica e Náutica Brasil comemoram sete anos a bordo!

Com mais de 360 edições veiculadas o programa segue como o único semanal com exibição contínua no Norte/Nordeste, crescendo e navegando em muitas novidades a cada ano. Uma delas o avanço nacional, como no Estado do Espírito Santo, onde já somamos duas TVs veiculadas (GTV e RCA), e de onde devemos partir, em breve, para outras capitais do País.

Seguindo o mesmo ritmo de expansão o Náutica Brasil no Rádio pode ser ouvido diariamente, em dois horários (10h45 e 16h45) em Salvador e em breve em outras cidades. Nas ondas do rádio o programa tem uma versão de cerca de um minuto na A Tarde FM (103,9) falando sobre curiosidades, notícias, dicas, roteiros náuticos e entrevistas condensadas com grandes nomes do esporte e também de gente que faz do mar a sua escolha de vida, a exemplo da Família Schurmann, Torben Grael, Robert Scheidt e muitos outros.

Comandado por Denis Peres o Bahia Náutica e Náutica Brasil mantêm-se no rumo de sucessivas rotas, buscando interagir nas suas matérias, por e-mail e navegando semanalmente na internet, levando ao público programas on-line e agora oferecendo a possibilidade de compras virtuais em seu blog. Esta semana estréia também seu novo site, seguindo sua busca por novas tecnologias e tendências das redes sociais. O objetivo? O de estreitar ainda mais a parceria que vem dando certo ao longo destes sete anos a bordo: criatividade, trabalho e inovação.

Faça também parte da nossa tripulação e mãos ao leme! Mande o seu e-mail, scrap, comentário, crítica, sugestão e participe das próximas edições comemorativas do programa. Até lá!

Cruzei o Atlântico!

Destaques
Da Espanha ao Brasil velejando. Vou te contar como foi. Se liga no Blog, que a partir de hoje volta a ser atualizado
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TV Denis Peres.