quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Boom!

O convite era inusitado, mas, vamos combinar: também tentador! Gravar a simulação de uma explosão com vazamento de óleo no Porto de Aratu, envolvendo a Base Naval , Capitania dos Portos, Braskem, Dow química , Ford, Moinho Aratu e todas as empresas no entorno do Porto.

E lá fomos nós! Kilômetros pela BR, lancha até o barco, barco até o meio da Baía, onde uma grande equipe já começava os trabalhos de simulação. Tudo como manda o figurino, com aviso pelo rádio da explosão, chamado da equipe, cronometragem do tempo, acionamento da Capitania e até um veleiro de esporte e recreio que, mesmo sem estar oficialmente no script, apareceu no meio da operação para dar um tempero a mais de realidade.

Foram cerca de duas a três horas, envolvendo todo o processo de ação até a abortagem da operação e a reunião de todos os envolvidos, inclusive o Bahia Náutica, para avaliar tudo aquilo que tinha acontecido. E aí surgem as perguntas: " E se tivesse chovendo?" " E se tudo isso ocorresse num domingo ou num carnaval, quando as equipes são reduzidas?" "E se?" "E se?". Enfim, os "ses" são muitos, mas a precaução em encontrar respostas para tantas variáveis são discutidas e visualizadas para serem postas em prática o quanto antes. A simulação que ocorreu, nesse último dia 21, por exemplo, foi na vazante da maré e com vento contra o tempo inteiro; uma das condições mais adversas que se pode ter na contenção de incêndio e vazamento.

Apesar de alguns pontos a serem corrigidos, a avaliação foi bastante positiva. A atuação da Hidroclean, empresa responsável pela segurança e preservação do meio ambiente nesse caso, foi excelente. Ponto pra eles e pro Márcio Maciel, coordenador da operação, e que mais uma vez, nos sugeriu uma interessante matéria. Uma questão levantada por Denis foi, inclusive, a divulgação de ações como essas para a imprensa como um todo. Muitos veículos de comunicação e a própria comunidade náutica muitas vezes ficam alheios a procedimentos fundamentais realizados dentro de bases com acesso restrito, como no caso de Aratu. O resultado é uma brecha aberta à geração de conflitos de informação quando o "bicho pega", no caso de um acidente real.

As imagens de tudo que aconteceu você confere nos próximos programas. Até lá, consegui bater apenas algumas fotos, devido ao tempo e à restrição do uso de equipamentos fotográficos. Mas dá pra ter uma idéia, né?!

Flávia

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